A Segurança Cibernética e as Lições do Setor Financeiro

Vários estudos correlacionam a pandemia de Covid-19 com o avanço da transformação digital em empresas de todo o mundo. A conclusão, para a maioria, é que houve uma aceleração avassaladora na utilização de tecnologias em processos de gestão, na produção, na prestação de serviços e no atendimento ao cliente, mas também chama a atenção o fato de que este avanço da vida digital elevou, em igual ou maior proporção, os riscos a que os negócios ficam expostos quando ingressam nesta jornada eletrônica.

Na esteira da digitalização, o holofote sobre eventos ligando o vazamento de informações à vulnerabilidade das empresas na internet amplifica as dúvidas sobre a eficiência da infraestrutura de proteção de dados e das políticas de segurança cibernética. Você já se perguntou, por exemplo, em que medida a sua infraestrutura de segurança está preparada para barrar as principais ameaças cibernéticas? Ou de que forma é possível saber o que funciona ou não frente a um episódio de risco?

Perguntas como estas nortearam o estudo global de segurança Cisco 2021 Security Outcomes Study. Em vez de apontar as tendências de ameaças, o estudo traz insights apurados junto a 4800 profissionais de 25 países para auxiliar na decisão sobre em quais situações devemos concentrar esforços. A pesquisa indica as práticas que promovem maior segurança para que os profissionais possam aperfeiçoar a gestão de riscos, habilitar os negócios e operar com eficiência.

Os entrevistados foram questionados sobre o nível de sucesso da empresa deles em 11 resultados de segurança de alto nível, divididos em três objetivos principais: viabilização dos negócios, gerenciamento de riscos e operação eficiente.

Um dos desdobramentos deste estudo lança luz sobre as empresas de serviços financeiros. O setor, que se destaca pelos investimentos contínuos e de grande monta em tecnologia e por aquilo que atrai no crime cibernético, está também entre os que mais investem em segurança cibernética e é o que mais extrai valor desta prática.

Este destaque é particularmente interessante porque o setor de serviços financeiros está submetido a rígidas regras regulatórias e, apesar de registrar falhas, se sobressai em vários itens quando comparado a outras indústrias. No aspecto regulatório, por exemplo, 54,7% dos profissionais do setor de serviços financeiros afirmam que estão cumprindo as normas de conformidade; e 52,5%, que estão ganhando a confiança dos executivos no programa de segurança. Comparativamente, a taxa média geral de sucesso do programa de segurança em todas as empresas e setores é de 42%.

Como ocorre no estudo principal, os resultados geralmente mostram níveis mais elevados de sucesso para o tema “Gerenciamento de Riscos”, não tão elevados para  “Eficiência Operacional” e variam para “Viabilização dos Negócios”. No entanto, as semelhanças terminam aqui no comparativo entre o setor de serviços financeiros e os demais, pois os programas de segurança no setor de serviços financeiros relatam taxas de sucesso visivelmente mais altas em todos os resultados.

Com alto índice de digitalização, alto risco e grande volume de transações, não resta alternativa ao setor de serviços financeiros senão aportar recursos financeiros e esforços operacionais ao combo que reúne ferramentas, políticas de segurança cibernética e monitoramento. O estudo patrocinado pela Cisco traz, em detalhes, as lições deste setor para os demais segmentos e assim contribui para a redução dos riscos na jornada digital dos negócios.

 

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