Os quatro desafios mais críticos de segurança cibernética de nossa geração

Tendências da Indústria

 

A transformação pela qual a maioria das redes está passando é muito maior e mais impactante do que as pessoas imaginam. Dispositivos de IoT, computação em nuvem e o rápido desenvolvimento de aplicativos de negócios aceleraram a coleta e a distribuição de Big Data. Os data centers encarregados de extrair esses dados para impulsar ainda mais a agilidade e a capacidade de resposta dos negócios estão adicionando inteligência artificial e machine learning para tornar isso possível. O resultado é hipervelocidade, hiperconectividade e hiperescala crescendo a uma taxa exponencial.

Tudo isso estabelece a base para coisas como carros, edificios, cidades e infraestruturas inteligentes, incluindo transporte, redes de energia e fabricação. O crescimento da oferta de dispositivos móveis mais rápidos e funcionais e novos modelos de computação de ponta, equipados com 5G, acelerará tudo isso ainda mais, à medida que bilhões de novos ambientes são adicionados e interconectados por meio de um ambiente global de redes, tanto públicas como privadas.

Nesse novo cenário, os humanos simplesmente não conseguem se mover rápido o suficiente para adicionar segurança de forma reativa, especialmente quando as redes são frequentemente ad hoc e cada vez mais temporárias. Se quisermos proteger dados, informações pessoais e infraestrutura crítica contra criminosos cibernéticos em um ambiente em constante mudança, a segurança cibernética deve ser uma característica fundamental de todos os produtos e sistemas a partir do momento em que são concebidos, permitindo a interoperação, a expansão e a contração automática, assim como o crescimento em tempo real.

Para atingir esse grau de profunda integração de segurança, que é absolutamente essencial para alcançar e manter uma sociedade e uma economia verdadeiramente digitais, os líderes empresariais devem prestar atenção a quatro desafios fundamentais:

 

1. Compartilhar informações em tempo real

Os ataques podem penetrar em um dispositivo ou rede em um piscar de olhos, explorando inclusive brechas temporárias de segurança devido a sistemas de segurança não integrados, que lutam para acompanhar mudanças dinâmicas nas conexões e na infraestrutura de rede. No mundo de hoje, onde tudo está sob demanda, a velocidade é fundamental para a criação de uma estratégia eficaz de segurança cibernética. E para dificultar o desafio, uma porcentagem crescente do volume do tráfego da Internet está sendo criptografada.

Velocidade é fundamental e depende de sua profunda integração nos dispositivos e sistemas que estão sendo protegidos. Mas a velocidade por si só não é suficiente. A visibilidade também é necessária, e isso requer acesso quase em tempo real às informações sobre ameaças. A troca de informações debe ocorrer entre dispositivos na mesma rede e também entre organizações e entidades tradicionalmente isoladas.

Os cibercriminosos não reconhecem fronteiras políticas ou geográficas, e nossa nova economia digital está tão profundamente interconectada pela tecnologia que a cibersegurança e a segurança global se tornaram a mesma coisa. O resultado é que nenhuma organização, pública ou privada, pode ter uma visão completa de todo o cenário cibernético e se defender contra ameaças virtuais, a menos que todos compartilhemos ativamente a inteligência de ameaças.

 

2. Colaborar de forma ampla e profunda

A colaboração permite a criação de uma mente coletiva, o rápido aprendizado e a expansão constante de nossas competências e capacidades. Se organizações ou estados não aprendem uns com os outros, os mesmos ataques derrubarão desnecessariamente inúmeras entidades.

Essa colaboração deve ser ampla e profunda. Ampla porque todos estão envolvidos em uma conversa comum sobre segurança cibernética e em como lidar com os inimigos. E profunda, porque a conversa por si só não é suficiente. Precisamos trabalhar juntos para aprofundar nosso conhecimento coletivo, colaborando no compartilhamento de inteligência de ameaças, na educação e na próxima geração de tecnologias de cibersegurança, aumentadas pelo machine learning e inteligência artificial.

O custo estimado dos danos causados por cibercriminosos, malware e violações de dados é projetado em US$ 6 trilhões até 2021. Para capacitar a liderança para enfrentar esses desafios, especialistas em tecnologia e tomadores de decisão de alto nível nos setores público e privado devem trabalhar juntos

Mais de 92% do malware é entregue por email. Com as políticas e campanhas corretas de conscientização, bem como diligência na prática, poderíamos eliminar mais de 90% do malware simplesmente ensinando novas habilidades que superem antigos hábitos.

 

3. Criar e promover uma visão integrada de segurança cibernética

Para que o compartilhamento e a colaboração das informações sejam eficazes, todos precisamos ter uma visão e compromisso exclusivos para criar uma estratégia de segurança de TI verdadeiramente integrada. Essa visão de segurança cibernética integrada deve ser ampla e inclusiva, antecipando as próximas ações dos criminosos cibernéticos, em vez de apenas reagir a elas.

Esse deve ser um esforço global, em que a educação e o treinamento em segurança cibernética se tornam parte do desenvolvimento educacional de todos. Estamos enfrentando uma crescente lacuna de habilidades em segurança cibernética que ameaça a própria existência de nossa economia digital emergente e precisamos de uma estratégia que inclua organizações públicas e privadas para educar as pessoas a estarem mais conscientes dos riscos de operar no mundo digital, protegendo as gerações futuras de profissionais de segurança cibernética de que tanto precisamos. Sem esses esforços, não teremos soldados experientes o suficiente para combater esta guerra.

 

4. Promover a plataforma tecnológica

Para a maior parte da infraestrutura digital do mundo, a cibersegurança nunca fez parte do design. Isso deve mudar e começa-se a entender os desafios subjacentes.

Primeiro, a segurança cibernética requer enormes quantidades de potência informática, geralmente mais do que qualquer outro sistema em rede. A partir de agora, a maioria dos produtos, dispositivos e infraestrutura deve ter esse poder de computação adicional projetado. Além disso, as funções de segurança cibernética nos dispositivos devem caber em uma plataforma integrada, que distribui cargas de trabalho pelas camadas de um sistema.

Então a rede deve ter capacidade de autodefesa e não depender totalmente de dispositivos de segurança especialmente projetados. Essa estratégia de rede baseada em segurança altera muitas das suposições tradicionais da rede. Em vez de procurar apenas a rota mais rápida, a rede baseada em segurança leva em consideração o risco de cada rota e move o tráfego pela rota segura mais rápida. Para que isso funcione, todos os dispositivos de rede precisam compartilhar informações sobre a velocidade e o risco de cada rota de rede.

Segurança forte deve ser fornecida em toda a rede distribuída, combinada com baixa latência e alto desempenho, especialmente com a implementação de redes 5G. Isso só pode acontecer quando a segurança é incorporada a cada dispositivo, permitindo que eles detectem, mapeiem e colaborem automaticamente com outros dispositivos para criar e manter uma rede de segurança em ambientes dinâmicos e em constante mudança.

Segurança forte deve ser fornecida em toda a rede distribuída, combinada com baixa latência e alto desempenho, especialmente com a implementação de redes 5G. Isso só pode acontecer quando a segurança é incorporada a cada dispositivo, permitindo que eles detectem, mapeiem e colaborem automaticamente com outros dispositivos para criar e manter uma rede de segurança em ambientes dinâmicos e em constante mudança.

 

Avançando em direção a um mundo protegido

Independentemente da indústria, mercado vertical e geografia, os líderes empresariais, a indústria e o governo têm a responsabilidade de guiar suas organizações para um mundo mais seguro. Em um clima permeado por falta de confiança e pouca cooperação, os únicos vencedores são os cibercriminosos.

Somente através da verdadeira integração, por meio de dispositivos, redes públicas e privadas, indústrias e fronteiras nacionais e geográficas, a segurança cibernética pode criar um mundo verdadeiramente protegido.

 

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